Pesquisa

.

Aviso
Devido ao processo de migração da Banca Livraria Popular para o site da Pueblo Livraria, pedimos para enviar e-mail confirmando a disponibilidade dos livros antes de compra-los por este blog.

Para Além do Capital

Autor: István Mészáros.

Rumo a uma teoria da transição.


 Obra de maior envergadura do filósofo húngaro István Mészáros, Para além do capital, fruto de duas décadas de trabalho intenso, é uma das mais aguçadas reflexões críticas sobre o capital em suas formas, engrenagens e mecanismos de funcionamento. Influenciada por Marx, Lukács e Rosa Luxemburgo, a obra de Mészáros é o desenho crítico e analítico mais ousado contra o capital e suas formas de controle social.

Enquanto elaborava sua última obra Ontologia do ser social, Lukács disse que gostaria de retomar o projeto de Marx e escrever O Capital de nossos dias, promovendo uma atualização da obra de Marx. Coube a Mészáros contribuir para a realização de parte dessa empreitada. Em Para além do capital, Mészáros empreende uma demolidora crítica do capital e realiza uma das mais instigantes e densas reflexões sobre a sociabilidade contemporânea e a lógica que a preside.

Para ele, capital e capitalismo são fenômenos distintos e a identificação conceitual entre ambos fez com que todas as experiências revolucionárias vivenciadas neste século, desde a Revolução Russa até as tentativas mais recentes de constituição societal socialista, se mostrassem incapacitadas para superar o sistema de metabolismo social do capital. O capitalismo seria uma das formas possíveis da realização do capital, uma de suas variantes históricas.

Mészáros define o sistema de metabolismo social do capital como poderoso e abrangente, tendo seu núcleo formado pelo tripé capital, trabalho e estado - três dimensões fundamentais do sistema materialmente construídas e inter-relacionadas -, sendo impossível superar o capital sem a eliminação do conjunto dos elementos que compreende este sistema. Não tendo limites para expansão, o sistema de metabolismo social do capital mostra-se incontrolável. Fracassaram tanto as tentativas efetivadas pela socialdemocracia quanto a alternativa de tipo soviético.

O sistema do capital seria assim essencialmente destrutivo em sua lógica, constatação que levou Mészáros a desenvolver a tese da taxa de utilização decrescente do valor de uso das coisas. Expansionista, destrutivo e incontrolável, o capital assume cada vez mais a forma de uma crise endêmica e permanente, com a perspectiva de uma crise estrutural cada vez mais profunda.

Com a irresolubilidade da sua crise estrutural fazendo emergir, na sua linha de tendência já visível, o espectro da destruição global da humanidade, a única forma de evitá-la seria através da atualização histórica da alternativa societal, da ofensiva socialista.

O livro apresenta ainda um conjunto de teses centrais, que incluem a questão feminina (efetiva emancipação da mulher nas diversas formas de opressão) e também a temática ambiental. Mészáros realiza uma síntese inspirada em Marx, mas que é também tributária da matriz ontológica de Lukács e, por outro lado, da radicalidade da crítica da economia de Rosa Luxemburgo, que o inspira da mesma forma.



FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano: 2002
Páginas: 1104
Peso: 1420 g.


ISBN: 9788575591451

Ler Mais

O Reino e a Glória

   
 Com O reino e a glória, a investigação sobre a genealogia do poder iniciada pelo filósofo italiano Giorgio Agamben há treze anos com a obra Homo sacer chega a uma encruzilhada decisiva. Em seus novos estudos, Agamben desvenda qual é a relação que liga tão intimamente o poder à glória e a todo o aparato cerimonial e litúrgico que o acompanha desde o início. Revela que, nos primeiros séculos da história da Igreja, a doutrina da Trindade (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) é introduzida sob a forma de uma “economia” da vida divina, como um problema de gestão e de governo da “casa” celeste e do mundo, aparecendo inesperadamente na origem de muitas categorias fundamentais da política moderna, desde a teoria democrática da divisão dos poderes até a doutrina estratégica dos “efeitos colaterais”, desde a “mão invisível” do liberalismo smithiano até as ideias de ordem e segurança.

As investigações de O reino e a glória remetem a uma ciência dedicada à história dos aspectos cerimoniais do poder e do direito, uma espécie de arqueologia política da liturgia e do protocolo, que poderia ser chamada provisoriamente de “arqueologia da glória”. Tais estudos situam-se no rastro das pesquisas de Michael Foucault sobre a genealogia da governabilidade e alcançam os primeiros séculos da teologia cristã, em que a doutrina trinitária serve como forma mais clara de revelar o funcionamento e a articulação da máquina governamental. Por meio de uma fascinante análise das aclamações litúrgicas e dos símbolos cerimoniais do poder, do trono à coroa, da púrpura ao feixe de varas carregado pelos litores (que se tornou símbolo do fascismo), Agamben constrói uma genealogia inédita que mostra como elementos considerados resíduos do passado continuam constituindo a base do poder ocidental.

É nesse percurso intelectual que o filósofo italiano identifica um importante paralelo entre as aclamações (gestos coletivos de louvor ou desaprovação) e a chamada “opinião pública“, e vai além com a constatação de que a esfera da glória não desaparece nas democracias modernas, mas desloca-se para novos terrenos, como a mídia. “A democracia contemporânea é uma democracia inteiramente fundada na glória, ou seja, na eficácia da aclamação, multiplicada e disseminada pela mídia além do que se possa imaginar (que o termo grego para glória – doxa – seja o mesmo que designa hoje a opinião pública é, desse ponto de vista, mais que mera coincidência).” E, como reforça o autor, é a partir disso que o problema hoje tão debatido da função política da mídia assume novos significados e nova urgência.



Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO

Título: O Reino e a Glória
Autor: Giorgio Agamben

Editora: Boitempo

Ano: 2011
Páginas: 328

Gênero: Filosofia - Direito 
  - Política

ISBN: 978-85-7559-141-3
Ler Mais

O que Resta de Auschwitz

Autor: Giorgi Agamben.

O arquivo e a testemunha

  Como narrar o inenarrável ou testemunhar sobre algo que está além da compreensão humana? O que resta de Auschwitz, de Giorgio Agamben, procura, a partir de uma análise profunda do papel do testemunho como documento histórico e de seus limites enquanto relato pessoal, entender as dimensões da produção escrita dos sobreviventes do Holocausto nazista. Não se trata, portanto, de um livro sobre as circunstâncias materiais relacionadas ao maior campo de concentração de Hitler. O que resta de Auschwitz investiga as dificuldades do testemunho quando este envolve a perda de referenciais básicos num espaço marcado pela total ausência de normas, onde o esforço pela identificação de algo parecido com uma lógica de funcionamento não só se mostrava vão, como também poderia significar a não-sobrevivência.

O relato do escritor Primo Levi, sobrevivente de Auschwitz, é matéria-prima para a análise de Agamben. Levi se coloca como testemunha e condiciona sua sobrevivência à necessidade de contar essa história. Já os chamados “muçulmanos” – prisioneiros que perderam sua condição de homens e foram reduzidos a cadáveres ambulantes – são os únicos que poderiam dar testemunho verdadeiro do terror, se já não estivessem privados da linguagem.

Agamben coloca que o valor do testemunho está essencialmente no que lhe falta, no que não pode ser dito por homens que já não o são. Em suas palavras, “Auschwitz marca o fim e a ruína de qualquer ética da dignidade e da adequação a uma norma. A vida nua, a que o homem foi reduzido”.

A obra, que faz parte da coleção Estado de Sítio e traz apresentação de Jeanne Marie Gagnebin, recupera conceitos presentes nos anteriores Estado de Exceção e Homo Sacer. Trata-se de leitura fundamental, onde Auschwitz é apresentado como o espaço de uma experiência em que se fundem as fronteiras entre o humano e o inumano, a vida e a morte, colocando à prova a reflexão de nosso tempo, que mostra sua insuficiência por deixar aparecer, entre suas ruínas, o perfil incerto de uma nova ética.


Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO

Título: O que Resta de Auschwitz
Autor: Giorgio Agamben

Editora: Boitempo

Ano: 2008
Páginas: 168

Gênero: Filosofia - Direito 
 

ISBN: 978-85-7559-120-8
Ler Mais

Profanações

  O livro de Giorgio Agamben, Profanações, “trai” o leitor com a aparente simplicidade dos seus ensaios curtos. É uma coletânea sobre temas de estética, literatura e filosofia, como: pornografia, paródia, desejo, magia, natureza do autor, fotografia, entre outros. Mas, como em uma narrativa composta de episódios, de pequenas peças que se juntam conforme se avança na trama, os ensaios de Agamben revelam, em seu conjunto, uma discussão de fundo sobre estética e política. É um trabalho inovador, de um dos mais importantes e polêmicos filósofos da atualidade, autor de Estado de exceção (Boitempo, coleção Estado de Sítio) e Homo sacer: o poder soberano e a vida nua.

A edição brasileira traz ainda um índice dos princípais nomes e personagens citados e uma apresentação do tradutor, Selvino J. Assman, que situa Profanações na obra de Agamben e a relevância da obra do filósofo na atualidade. 
 
Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO

Título: Profanações
Autor: Giorgio Agamben

Editora: Boitempo

Ano: 2007
Páginas: 96


Gênero: Literatura - Filosofia- Estética


ISBN: 978-85-7559-093-5
Ler Mais

Estado de Exceção


Homo Sacer, II, I.

  O filósofo italiano Giorgio Agamben é um dos pensadores mais instigantes da atualidade. Em Estado de Exceção, terceiro lançamento da coleção Estado de Sítio, coordenada por Paulo Arantes, ele estuda a contraditória figura dos momentos antes “extraordinários” – de emergência, sítio, guerras – onde o Estado usa de dispositivos legais justamente para suprimir os limites da sua atuação, a própria legalidade e os direitos dos cidadãos. Segundo o autor, “o estado de exceção apresenta-se como a forma legal daquilo que não pode ter forma legal”. Um poder além de regulamentações e controle, que, para Agamben, hoje não é mais excepcional, mas o padrão de atuação dos Estados.

Estado de Exceção é uma reconstrução histórica e uma análise da lógica e da teoria por trás da sua evolução e conseqüências, de Hitler aos prisioneiros de Guantánamo. Para isso o autor destrincha o pensamento de Carl Schmitt (autor alemão, contemporâneo de Walter Benjamin, com quem polemizou) e seus estudos sobre ditaduras; filósofos e teóricos do direito; e as mudanças nas constituições européias e norte-americanas que levaram a instituição do estado de exceção como paradigma.

“Combatentes ilegais”, Patriot Act, Bush como commander in chief dos Estados Unidos, toque de recolher, zonas de proteção em encontros de organismos internacionais, pacotes econômicos, limites e contradições das democracias modernas, guerras preventivas e o executivo legislando por decretos e medidas provisórias são temas atuais abordados e que se relacionam diretamente com a análise de Agamben.

Obra fundamental para entender o Estado e a política contemporânea, Estado de Exceção expõe as áreas mais obscuras do direito e da democracia. Justamente as que legitimam a violência, a arbitrariedade e a suspensão dos direitos, em nome da segurança, a serviço da concentração de poder.

FICHA DO LIVRO

Título: Estado de Exceção
Autor: Giorgio Agamben

Editora: Boitempo

Ano: 2004
Páginas: 144

Gênero: FilosofiaPolítica - Direito 

ISBN: 85-7559-057-X
Ler Mais

A Guerra Civil na França

Autor: Karl Marx.

 No ano em que se comemoram os 140 anos da Comuna de Paris, a Boitempo Editorial publica uma tradução inédita de A guerra civil na França, texto escrito originalmente em 1871 por Karl Marx como “Terceira Mensagem do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT)” e difundido como livro na Europa e nos Estados Unidos. Em edição posterior, de 1891, Friedrich Engels acrescentaria as duas primeiras mensagens de Marx para a Internacional, complementando as bases dos estudos históricos dessa que foi a primeira experiência histórica de tomada de poder pela classe trabalhadora.

A célebre obra traz ao mesmo tempo um retrato da breve existência (72 dias) da Comuna de Paris e um chamado à ação da classe trabalhadora francesa contra a repressão praticada pelas forças militares de Versalhes em oito dias de extermínio do poder comunal, de 21 a 28 de maio de 1871, conhecida como “Semana Sangrenta”. Marx apresenta um relato entusiasmado sobre a defesa de Paris por uma maioria de origem operária.
Com tradução – diretamente dos originais em inglês e alemão – e notas de Rubens Enderle, a edição da Boitempo incorpora rascunhos de Marx e uma introdução de Friedrich Engels para a publicação de 1891. O volume traz ainda correspondências, uma entrevista de Marx a R. Landor e a cronologia da Comuna, acompanhada de um índice onomástico das personagens citadas no texto principal e de uma cronobiografia resumida de Marx e Engels – que contém aspectos fundamentais da vida pessoal, da militância política e da obra teórica de ambos –, com informações úteis ao leitor, iniciado ou não na obra marxiana. 


FICHA DO LIVRO

Título: A Guerra Civil na França
Autor: Karl Marx 


Editora: Boitempo
Ano
: 2011
Páginas: 272

Peso: 430 g

Gênero: História - Política - Marxismo

ISBN: 978-85-7559-173-4



Ler Mais

Primeiro como Tragédia, depois como Farsa

Autor: Slavoj Zizek.


  Em Primeiro como tragédia, depois como farsa – analogia à famosa frase de Karl Marx em O dezoito brumário sobre a repetição dos Bonaparte no poder (Napoleão e Luís) –, o filósofo esloveno Slavoj Žižek sustenta a tese de que vivemos em uma nova etapa do capitalismo global, na qual o mesmo discurso que garantiu uma ofensiva geopolítica após os atentados de 11 de setembro tem encontrado dificuldade em se sustentar no período pós-crise financeira de 2008. Traçando uma argumentação tanto da tragédia como da atual farsa, o autor expõe o cinismo contemporâneo dos pregadores e praticantes da democracia liberal ao analisar o discurso do presidente Bush em dois momentos diferentes que evocam a suspensão parcial dos valores norte-americanos (garantia de liberdade individual, capitalismo de mercado) para salvar da falência esses mesmos valores. A Žižek parece, portanto, que a utopia democrático-liberal teve de morrer duas vezes, já que o colapso da utopia política do 11 de Setembro não trouxe o fim da utopia econômica do capitalismo de mercado global, o que só ocorreu com a crise financeira de 2008.

Para o autor, o mais atual anacronismo vivido pelas nações modernas teve início com a queda do Muro de Berlim, evento histórico que parecia anunciar a vitória da democracia liberal e o surgimento de uma comunidade global sem fronteiras. O 11 de Setembro, no entanto, revelou um movimento oposto com o surgimento de novos muros e contradições: entre Israel e Cisjordânia, em torno da União Europeia, na fronteira entre Estados Unidos e México e até no interior de Estados-nações, que acolhem “cidadãos globais” que vivem isolados em “castelos na Escócia, apartamento em Manhattan e ilha particular no Caribe”, além dos moradores das favelas e bolsões de pobreza, que são o outro lado da mesma moeda.




FICHA DO LIVRO

Título: Primeiro como Tragédia, depois como Farsa
Autor: Slavoj Zizek

Editora: Boitempo
Edição: 1ª
Ano: 2011
Páginas: 136

Gênero: Filosofia - Economia - Política
ISBN: 978-85-7559-174-1

Sobre o autor: Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek é também um dos diretores do centro de humanidades da Universidade de Londres. Dele, a Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003), Às portas da revolução (2005), A visão em paralaxe (2008), Lacrimae rerum (2009) e Em defesa das causas perdidas (2011).
Ler Mais

Estrutura Social e Formas de Consciência vol. II

Autor: István Mészáros.

 A dialética da estrutura e da história.

 Com o segundo volume de Estrutura social e formas de consciência, a grande obra do filósofo húngaro István Mészáros revela uma iluminadora sistematização metodológica da dialética da estrutura e da história, radicada na abordagem marxiana.

Assim como Marx em sua época, Mészáros combate as mistificações da “ciência” submetida aos imperativos alienantes necessários à reprodução atual do capital. Enquanto a crítica de Marx fincou raízes na fase ascendente do sistema sociometabólico do capital – momento em que a apologética científica ainda conseguia velar tanto pelos progressos materiais que a sociedade do trabalho abstrato e alienado haveria de produzir como pelos princípios políticos conquistados pela revolução burguesa –, a radicalidade das análises de Mészáros emana do fato de que o capital enfrenta hoje seu processo descendente, uma crise estrutural que aciona seus limites mais absolutos e autodestrutivos. “O realismo da sua crítica revolucionária põe em necessária evidência o caráter irracionalista de qualquer forma de apologia ao sistema, desde os mais velhos aos mais novos estruturalistas, aqueles que aderem à estrutura social, cujo funcionamento Mészáros, assim como Marx, dedica toda uma vida a desvendar”, afirma a socióloga Maria Orlanda Pinassi.

A obra também desvenda uma profunda preocupação com as implicações práticas de longo alcance, e não apenas teóricas e acadêmicas, advindas da relação dialética entre estrutura e história. Para o autor, nenhuma melhoria significativa no tempo ainda disponível para a humanidade é possível sem a compreensão do verdadeiro caráter das determinações da ordem cada vez mais destrutiva de reprodução societal do capital. No horizonte do pensamento de Mészáros, o leitor encontra a necessidade da intervenção emancipadora dos seres humanos comprometidos nas tendências em desdobramento do desenvolvimento histórico.




FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano: 2011
Páginas: 376
Peso: 580 g.

Gênero: Ciências Sociais,

ISBN: 978-85-7559-176-5

Ler Mais

Livros Vermelhos

Autor: Marcelo Badaró Mattos (coord.) 

Literatura, trabalhadores e militância no Brasil

 De que forma os trabalhadores brasileiros foram retratados pela literatura de ficção ao longo do tempo? Que identificações e compromissos os escritores assumiram com os trabalhadores, suas organizações e lutas? De que forma a opção política combinou com as orientações estéticas na obra dos escritores que assumiram uma militância de esquerda? Que reações essa militância literária poderia provocar?

Nenhuma dessas perguntas é propriamente nova. Respostas para elas vêm sendo buscadas pela análise literária e pelas ciências sociais de forma geral. A contribuição de Livros vermelhos: Literatura, trabalhadores e militância no Brasil está em procurar responder a essas perguntas por meio da combinação entre as abordagens de uma história social do trabalho, em constante processo de renovação, e um entendimento de história da cultura que procura situá-la como parte da vida social material.

Os artigos que compõem a obra foram escritos a partir de pesquisas individuais, mas seus pressupostos teóricos e sua forma final foram debatidos em atividades do Grupo de Pesquisas Mundos do Trabalho UFF, do qual os autores fizeram parte. Os temas abordados são: os trabalhadores na literatura de viajantes da primeira metade século XIX; o samba A favela vai abaixo, de Sinhô; o Parque industrial, de Patrícia Galvão; a peça O rei da vela, de Oswald de Andrade; o engajamento político nas obras de Graciliano Ramos e de Jorge Amado e seus relatos de viagens à URSS; a “utopia estético-política” de Mario Pedrosa; Ênio Silveira, o editor militante; e os livros apreendidos pelo Dops-RJ.

Cruzar cultura e classe é, enfim, o propósito dos estudos reunidos nesse livro.

  



FICHA DO LIVRO


Editora: Bom Texto
Ano: 2010


Peso: 400 gramas


ISBN: 85-87723-51-0
Ler Mais

A Imprensa em Questão

Autor: José Marques de Melo (orgs.)




 Neste livro, a imprensa é vista de diferentes lugares filosóficos, epistemológicos, políticos, sociais e profissionais por personalidades com papel fundamental no processo de desenvolvimento da imprensa e da formação de opinião no país.

FICHA DO LIVRO


Editora: Unicamp
Edição:1ª Edição
Ano: 1997
Páginas:182
Formato: 14x21cm
Peso: 250 gramas

Gênero: Comunicação

ISBN:  85-268-0397-2
Ler Mais

A Formação do Candomblé

Autor: Luis Nicolau Parés

História e ritual da nação jeje na Bahia


  Reconstruindo a trajetória dos povos jejes, o autor discute aspectos importantes da formação de identidades étnicas dos africanos na diáspora, mostrando como os cultos aos voduns dos jejes forneceram as bases para a formação do candomblé baiano. A narrativa cruza elementos da história e da antropologia, caminhando da África para o Brasil e do passado para o presente, numa escrita densa e envolvente.



FICHA DO LIVRO


Editora: Unicamp
Edição:2ª Edição
Ano: 2007
Páginas:392
Formato: 16x23cm
Peso: 600 gramas

Gênero: História, Religião

ISBN:  978-85-268-0773-0
Ler Mais

O FUNDEF e as Verbas da Educação

 Questionando se o Fundef, de fato, valoriza a educação pública, o autor faz uma análise detalhada do orçamento da educação, desvelando o paradigma vigente para as políticas públicas em geral. Davies escreve para prefeitos honestos, associações de pais e mestres, comunidades de bairros, enfim da escola pública e legitimamente dela participarem.


Acesse: http://pueblolivraria.com.br



FICHA DO LIVRO


Título: O FUNDEF e as Verbas da Educação
Autora: Nicholas Davies

Editora: Xamã


Páginas: 152

Gênero: Educação,

ISBN: 85-85833-80-7
Ler Mais

Educação e Serviço Social

Do Confessionalismo ao empresariamento da formação profissional.

  Um trabalho instigante, inovador, escrito em linguagem clara e direta, que estuda a interface das áreas de Educação e Serviço Social - cuja densidade cresce a cada dia, mas que ainda não dispõe de acúmulo de produção científica. Da leitura da obra torna-se evidente o papel estratégico que o professor e o assistente social têm exercido na educação política das massas de trabalhadores tanto durante o século XX quanto nest século que se inicia. Com argumentos sólidos e uso criterioso de fontes, a autora analisa as transformações no conteúdo e na forma dessa educação, cujos protagonistas são a Igreja Católica, o Estado e a nova burguesia de serviços educacionais.


Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO


Título: Educação e Serviço Social
Autora: Larissa Dahmer Pereira

Editora: Xamã


Páginas: 207

Gênero: Educação, Serviço Social

ISBN: 978-85-7587-095-2
Ler Mais

Walter Benjamin: aviso de incêndio

Autor: Michael Löwy.

Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”.

 Um dos principais estudiosos da obra de Walter Benjamin, Michael Löwy analisa em Aviso de incêndio um dos textos mais enigmáticos e rico de significados desse autor: as suas teses sobre o conceito de história. Para Löwy, Benjamin é mais do que um historiador da cultura, um filósofo­ – pela forma com que articulou na sua visão arte, política e teologia, criando uma nova visão da história.

Analisando tese a tese, Löwy destrincha, de forma clara e erudita, as idéias, polêmicas, confrontos e ideais por detrás das proposições de Benjamin. Com uma preocupação inclusive de ilustrá-las por meio de exemplos da realidade latino-americana, como a Teologia da Libertação e o Zapatismo de Chiapas.

Escritas em 1940, no auge do fascismo na Europa, as teses vieram a público somente após a morte de seu autor, em setembro do mesmo ano. Ao tentar fugir da França ocupada pelos nazistas, Benjamin foi preso na fronteira da Espanha do general Franco. Suicidou-se antes de ser deportado para a Alemanha.

As teses são um ataque frontal às concepções lineares e conformistas da história, da noção positivista de “progresso”, da historiografia de simples acontecimentos narrados pelo ponto de vista dos opressores, e de uma visão acomodada, particularmente da socialdemocracia, da construção do socialismo como algo “inevitável”, fruto da evolução natural dos meios de produção. Contra essa visão mecânica, passiva e oficialesca, Benjamin articula uma nova concepção de tempo e história, viva, contada do ponto de vista da maioria oprimida e com a perspectiva indispensável de transformação.  



FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano: 2005
Páginas: 160


ISBN: 978-85-7559-059-1

Tradução: Wanda Nogueira Caldeira Brant

Sobre o autor: Michael Löwy, intelectual brasileiro, vive na França há quatro décadas onde é diretor de pesquisas (emérito) do Centre National de Recherches Scientifiques. Dono de extensa obra, com livros traduzidos em mais de 22 países, é profundo conhecedor da obra de Marx, Rosa Luxemburgo, Lukács e é autor, entre outros, de Método dialético e teoria política (1989), Marxismo e Teologia da Libertação (1991), Romantismo e política (1993), Ideologias e ciência social (1996), O marxismo na América Latina (1999) e Surrealismo e marxismo (2002).  

Ler Mais

Compre aqui na Banca Livraria Popular através do PagSeguro-UOL