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Introdução a Giorgio Agamben



 Uma arqueologia da potência.


Nos últimos anos, o filósofo italiano Giorgio Agamben tem ocupado lugar cada vez mais destacado no panorama do pensamento político contemporâneo, principalmente após a publicação, em 1995, de O poder soberano e a vida nua, primeiro volume da série Homo sacer, no qual retoma – e reformula – a idéia de Hannah Arendt e Michel Foucault acerca da politização moderna da vida biológica, a “biopolítica”.

Para contemplar a obra de um dos mais importantes filósofos da atualidade, o argentino Edgardo Castro traz uma introdução ao pensamento de Agamben, a partir de seus conceitos e métodos de trabalho. Ele mostra como Agamben pensou a problemática da potência – da questão da arte à questão da política – e, ao mesmo tempo, como esses conceitos estruturaram seu pensamento.
 

FICHA DO LIVRO


Editora: Autêntica
Edição:
Ano: 2012
Páginas: 224


Gênero: Filosofia

ISBN: 9788565381314


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O homem sem conteúdo




 O que quer dizer, então, que a arte foi além de si mesma? Significa verdadeiramente que a arte se tornou para nós um passado? Que ela desceu nas trevas de um definitivo crepúsculo? Ou quer dizer, na verdade, que ela, cumprindo o círculo do seu destino metafísico, penetrou novamente na aurora de uma origem na qual não apenas o seu destino, mas o do próprio homem poderia ser posto em questão de modo inicial? 

FICHA DO LIVRO


Editora: Autêntica
Edição:
Ano: 2012
Páginas: 208


Gênero: Filosofia

ISBN: 9788565381321


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Fabricalização da cidade e ideologia da circulação

Autor: Terezinha Ferrari (Org.).


Fabricalização da cidade e ideologia da circulaçãotraz uma reflexão teórica da questão urbana tendo em conta as transformações ocorridas a partir da reestruturação produtiva do capital, que toma lugar a partir dos anos 1980. Em uma vigorosa análise, Terezinha Ferrari busca apreender como a dinâmica de produção e de circulação de mercadorias está diretamente vinculada à organização do espaço-tempo social na cidade.
Na primeira parte, busca-se compreender a lógica da organização da produção de mercadorias e sua relação com o espaço urbano, e como este, além de estar submetido a esta lógica, é também sua parte constitutiva. Deriva-se disso uma dura crítica a setores de esquerda – tanto na teoria quanto na política – que se deixaram influenciar pelo suposto fim da centralidade do trabalho e pelas consequências daí decorrentes. Outro aspecto trabalhado é a forma como a classe dominante organiza políticas sociais ligadas direta ou indiretamente ao Estado – que autora chama de organizações neogovernamentais – que reforcem a expressão ideológica desta nova forma de se organizar a produção. O principal mérito desta análise está em ter presente a categoria da totalidade social como pano de fundo.
Na segunda parte, a autora retoma a reflexão de Karl Marx sobre a produção e a circulação de mercadorias. Além disso, ela também empreende uma detida reflexão sobre o tempo de rotação das mercadorias e sua respectiva valorização, buscando desvendar a sua dinâmica a partir da lógica do just-in-time.
A perspectiva teórica adotada pela autora – marxiana – não se limita à análise da realidade, mas propõe também transformá-la. Neste sentido, são vários os desafios e possibilidades de ação para tal fim. Cabe aqui recuperarmos a formulação do importante dirigente comunista italiano Palmiro Togliatti, de que quem erra na análise erra na ação. Porém uma análise correta não garante a vitória da ação. Assim, Fabricalização da cidade e ideologia da circulação contribui para a correção da análise da realidade social do século XXI e deixa em aberto os desafios para uma prática transformadora efetiva.

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FICHA DO LIVRO

Autor: Terezinha Ferrari (Org.)

Editora
: Expressão Popular
Páginas
: 184
Ano:
2012
Edição:

Peso350g


Gênero
: Marxismo - Ciências Sociais - Serviço Social
 
ISBN
:



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A reflexão marxista sobre os impasses do mundo atual

Autor: Milton Pinheiro (Org.).




A dinâmica e complexidade da luta de classes sempre nos coloca novos desafios políticos. Seja em nosso território brasileiro, e muito mais a nível internacional.
Desde 2008, vivemos uma grave crise econômica mundial, gestada no centro do sistema e estendida a todos os países, que traz consequências políticas e sociais para o conjunto da população, para a classe trabalhadora e para os mais pobres.
As classes dominantes buscam se organizar. Nas outras crises estruturais do capitalismo sempre usaram a destruição do capital instalado e da força de trabalho, para abrir um novo ciclo de acumulação. Agora, apelam para os Estados, para salvá-los; em algumas regiões mais disputadas, seguem usando a força bruta; se utilizam de sua hegemonia nas universidades e na mídia para pregar seu pensamento único e esconder que o “rei está nu!”
Seus porta-vozes de plantão – economistas, sociólogos, cientistas políticos, jornalistas e papagaios em geral, tentam todos os dias, sem sucesso, explicar e prever os desdobramentos desta crise.
Mas o mundo não para, e em diversos países, a classe trabalhadora começa a reagir aos efeitos da crise, veja-se, os casos de Portugal, Espanha e Grécia, e mesmo os protestos juvenis, na Inglaterra, Estados Unidos, e também na periferia do sistema.
A organização e mobilização dos trabalhadores é a única arma no combate à ofensiva do capital. Entretanto, para uma ação efetiva é necessário uma correta compreensão da dinâmica da luta de classes. É nesta perspectiva que o conjunto de ensaios que compõe este livro surge como uma contribuição importante para compreendermos as causas e os possíveis desdobramentos da crise atual do capitalismo.
A reflexão marxista sobre os impasses da atualidade reúne intelectuais marxistas de diversas áreas do conhecimento e aborda um amplo espectro de temas que passam pela questão econômica, social e política que contribuirá para o conjunto das organizações de esquerda compreender a realidade que vivemos para transformá-la.
Um bom estudo para todos/as.

João Pedro Stédile




FICHA DO LIVRO

Autor: Milton Pinheiro (Org.)

Editora
: Expressão Popular
Páginas
: 376
Ano:
2012
Edição:

Peso:
450g


Gênero
: Marxismo - Política - Economia
 
ISBN
:



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O colapso da modernização

Autor: Robert Kurz.
 

  Propõe uma leitura inesperada dos fatos que levaram à derrocada dos países socialistas, fornecendo um novo arsenal de idéias para a compreensão de tão importante fenômeno. Segundo o autor, esse movimento representaria o início da crise do próprio sistema capitalista e não a decadência do socialismo. É o impasse em que o sistema capitalista encontra-se que o autor pretende, de forma arguta, analisar.

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FICHA DO LIVRO
Edição:  5º
Ano: 1996
Página: 248


Gênero: Ciências Sociais - Política

ISBN: 8521900643


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Vivendo no fim dos tempos

Autor: Slavoj Zizek.



 Não deveria haver mais nenhuma dúvida: o capitalismo global está se aproximando rapidamente da sua crise final. Slavoj Žižek identifica neste livro os quatro cavaleiros deste apocalipse: a crise ecológica, as consequências da revolução biogenética, os desequilíbrios do próprio sistema (problemas de propriedade intelectual, a luta vindoura por matérias-primas, comida e água) e o crescimento explosivo de divisões e exclusões sociais. E pergunta: se o fim do capitalismo parece para muitos o fim do mundo, como é possível para a sociedade ocidental enfrentar o fim dos tempos?

O fato é que a verdade dói, e para explicar porque tentamos desesperadamente evitá-la, mesmo que os sinais da “grande desordem sob o céu” sejam abundantes em todos os campos, Žižek recorre a um guia inesperado: o famoso esquema de cinco estágios da perda pessoal catastrófica (doença terminal, desemprego, morte de entes queridos, divórcio, vício em drogas) proposto pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, cuja teoria enfatiza também que esses estágios não aparecem necessariamente nessa ordem nem são todos vividos pelos pacientes.

De acordo com Žižek, podemos distinguir os mesmos cinco padrões no modo como nossa consciência social trata o apocalipse vindouro. “A primeira reação é a negação ideológica de qualquer ‘desordem sob o céu’; a segunda aparece nas explosões de raiva contra as injustiças da nova ordem mundial; seguem-se tentativas de barganhar (‘Se mudarmos aqui e ali, a vida talvez possa continuar como antes...’); quando a barganha fracassa, instalam-se a depressão e o afastamento; finalmente, depois de passar pelo ponto zero, não vemos mais as coisas como ameaças, mas como uma oportunidade de recomeçar. Ou, como Mao Tsé-Tung coloca: ‘Há uma grande desordem sob o céu, a situação é excelente’.”

Os cinco capítulos se referem a essas cinco posturas. O capítulo 1, “Negação”, analisa os modos predominantes de obscurecimento ideológico, desde os últimos campeões de bilheteria de Hollywood até o falso apocaliptismo (o obscurantismo da Nova Era, por exemplo). O capítulo 2, “Raiva”, examina os violentos protestos contra o sistema global, em especial a ascensão do fundamentalismo religioso. O capítulo 3, “Barganha”, trata da crítica da economia política, com um apelo à renovação desse ingrediente fundamental da teoria marxista. O capítulo 4, “Depressão”, descreve o impacto do colapso vindouro, principalmente em seus aspectos menos conhecidos, como o surgimento de novas formas de patologia subjetiva. E, por fim, o capítulo 5, “Aceitação”, distingue os sinais do surgimento da subjetividade emancipatória e procura os germes de uma cultura comunista em suas diversas formas, inclusive nas utopias literárias e outras.

Žižek é otimista quanto ao que pode surgir desse processo de emancipação e apresenta sua obra como parte da luta contra aqueles que estão no poder em geral, contra sua autoridade, contra a ordem global e contra a mistificação ideológica que os sustenta. Para ele, engajar-se nessa luta significa endossar a fórmula de Alain Badiou, para quem mais vale correr o risco e engajar-se num Evento-Verdade, mesmo que essa fidelidade termine em catástrofe, do que vegetar na sobrevivência hedonista-utilitária. Rejeita, assim, a ideologia liberal da vitimação, que leva a política a renunciar a todos os projetos positivos e buscar a opção menos pior.
FICHA DO LIVRO

Título: Vivendo no fim dos tempos
Autor: Slavoj Zizek

Editora: Boitempo
Ano: 2012
Páginas: 368

Peso: 565 g

Gênero: Filosofia - Psicologia
 
ISBN: 978-85-7559-212-0


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A obra de Sartre

Autor: István Mészáros.

Busca da liberdade e desafio da história.


 Publicado originalmente em 1979, o livro A obra de Sartre: busca da liberdade deveria ter tido um segundo volume intitulado O desafio da história, o qual analisaria a concepção sartriana de história. Devido a outros projetos, entre os quais a obra-prima Para além do capital, István Mészáros pôde retomar essa análise somente na presente edição, ampliada e atualizada, que a Boitempo disponibiliza ao leitor de língua portuguesa antes mesmo de seu lançamento em inglês. O livro tem o mérito de situar Jean-Paul Sartre em relação ao pensamento do século XX e abordar sua trajetória em todas as suas manifestações – como romancista, dramaturgo, filósofo e militante político.

Escritor algum foi alvo de tantos ataques, de origens as mais variadas e poderosas, quanto Sartre: “Em 1948, nada menos do que o governo soviético de Stalin assume posição oficial contra o filósofo e, no mesmo ano, um decreto especial do Santo Ofício coloca no Index a totalidade de suas obras”, lembra Mészáros. Quais as razões disso? E como é possível que um indivíduo sozinho, tendo a caneta como única arma, seja tão eficiente como Sartre numa época que tende a tornar o indivíduo completamente impotente? Os escritos do filósofo marxista buscam não apenas as respostas, como também formulam novos questionamentos sobre a vida e a obra de Sartre, elucidando sua contribuição para o mundo.

Quando interrogado recentemente sobre o motivo que o levou a escrever sobre Sartre, Mészáros respondeu: “Sempre senti que os marxistas deviam muito a ele, pois vivemos numa era em que o poder do capital é dominador, uma era em que, significantemente, a ressonante platitude dos políticos é que ’não há alternativa‘. [...] Sartre foi um homem que sempre pregou exatamente o oposto: há uma alternativa, deve haver uma alternativa; como indivíduos, devemos nos rebelar contra esse poder. Os marxistas, de modo geral, não conseguiram dar voz a isso”.


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FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano: 20012
Páginas: 332
Peso: 525 g.

Gênero: Filosofia - Marxismo

ISBN: 978-85-7559-213-7



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Margem Esquerda - nº 18

Autor: Vários.





 A entrevista que abre esta nova edição da Revista Margem Esquerda é do teólogo da libertação e escritor Leonardo Boff, que falou sobre sua trajetória, formação e obra aos sociólogos Emir Sader e Michael Löwy. O “Dossiê”, organizado por Ricardo Antunes, apresenta cenas da condição de precariedade da classe trabalhadora em escala global, com textos de Pietro Basso, Giovanni Alves e Dora Fonseca, Graça Druck e do próprio Ricardo.

Na seção “Artigos”, Marcello Musto discorre sobre a “Introdução” de 1857, a mais importante e célebre seção dos Grundrisse, de Karl Marx. Fabio Querido estabelece afinidades entre as reflexões teóricas e políticas de Rosa Luxemburgo (1871-1919) e Walter Benjamin (1892-1940), enquanto Roberval dos Santos revisa as principais teses de Louis Althusser e discute sua última contribuição intelectual, o materialismo do encontro. Por último, João Leonardo Medeiros e Rômulo André Lima analisam o fenômeno dos reality shows, em particular o Big Brother. O artigo articula o atual desenvolvimento capitalista com as formas e conteúdos assumidos pelas manifestações culturais contemporâneas, entendendo que estas expressam “formas de consciências condizentes e necessárias” à reprodução social.


FICHA DO LIVRO

Autor: Vários

Editora: Boitempo
Ano: 2012
Páginas: 160


ISBN: 1678-7684-18


Sumário

Apresentação
IVANA JINKINGS e FLÁVIO AGUIAR

ENTREVISTA
Leonardo Boff
EMIR SADER e MICHAEL LÖWY


DOSSIÊ: NOVA ERA DE PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO?
O walmartismo no trabalho no início do século XXI
PIETRO BASSO

Trabalhadores precários: o exemplo emblemático de Portugal
GIOVANNI ALVES e DORA FONSECA

A metamorfose da precarização social do trabalho no Brasil
GRAÇA DRUCK

A corrosão do trabalho e a precarização estrutural
RICARDO ANTUNES


ARTIGOS
História, produção e método na “Introdução” de 1857
MARCELLO MUSTO

A exumação de Louis Althusser
ROBERVAL DE JESUS LEONE DOS SANTOS

Rememoração revolucionária
FABIO MASCARO QUERIDO

Capital, o Big Brother
JOÃO LEONARDO MEDEIROS E RÔMULO ANDRÉ LIMA

HOMENAGEM
O Ben Bella revolucionário que conheci
GUILLERMO ALMEYRA


RESENHA
Literatura e política
CARLOS EDUARDO J. MACHADO

NOTAS DE LEITURA

O debate sobre Deus: razão, fé e revolução
MOZART SILVANO PEREIRA

Vivendo no fim dos tempos
KIM DORIA

Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina
MATHIAS SEIBEL LUCE


POESIA
Um pinheiro
HEINRICH HEINE



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A hipótese comunista

Autor: Alain Badiou.



A “hipótese comunista”, conceito formulado pelo filósofo, dramaturgo e militante francês Alain Badiou, inspira uma obra homônima sobre a revitalização do comunismo e um novo programa para a esquerda, lançada agora pela Boitempo. Desde 2008, quando foi exposto pela primeira vez em um artigo da New Left Review, o termo vem sendo adotado e discutido por uma ampla gama de pensadores, como Slavoj Žižek, Jacques Rancière, Michael Hardt, Antonio Negri e Terry Eagleton.

Considerado um dos principais filósofos de nosso século, Badiou parte da reflexão sobre a noção de fracasso do comunismo ¬–¬ enunciado negativo amplamente disseminado pela “nova filosofia” ocidental a partir da década de 1970 – para defender a sua retomada. Badiou vê o fracasso como uma trajetória, e não como o fim de uma experiência histórica.

Sua convicção se esclarece com uma comparação científica: o “teorema de Fermat” foi por três séculos um problema matemático não resolvido, que assumiu a forma de uma hipótese. Houve inúmeras tentativas de justificação, de longo alcance, que não conseguiram resolver o problema em si. “Mas foi fundamental que a hipótese não tenha sido abandonada durante os três séculos em que foi impossível demonstrá-la. A fecundidade desses fracassos, de sua análise, de suas consequências, estimulou a vida matemática. Nesse sentido, o fracasso, desde que não provoque o abandono da hipótese, é apenas a história da justificação dessa hipótese”, afirma no prefácio.

Neste volume, além de um artigo sobre Maio de 1968 e outro sobre as lições da Comuna de Paris, o leitor encontrará o pensamento de Badiou sobre a Revolução Cultural Chinesa e sobre seu mestre na política, Mao Tsé-Tung. Analisando detalhadamente esses três momentos, o autor sustenta que os aparentes fracassos de acontecimentos profundamente ligados à hipótese comunista foram e ainda são etapas de sua história, defende o retorno da palavra “comunismo” e, com ela, da hipótese geral que envolve seus processos políticos efetivos. A posição da palavra, no entanto, não pode mais ser a de adjetivo, como em “partido comunista” ou “regimes comunistas”. Segundo o filósofo, a forma partido, assim como a de Estado socialista, é inadequada para garantir a sustentação real da Ideia. Novas formas políticas, que se referem a uma política sem partido, foram e ainda são experimentadas.


FICHA DO LIVRO

Título: A hipótese comunista
Autor: Alain Badiou

Editora: Boitempo
Ano: 2012
Páginas: 152
Peso: 200 g

Gênero: Filosofia - Marxismo - Socialismo
 
ISBN: 978-85-7559-194-9


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Nova classe média?

 

 Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann lança, pela Boitempo, um estudo sobre a mobilidade na base da pirâmide social brasileira durante o início do século XXI. Nova classe média? analisa as recentes transformações na sociedade e refuta a idéia de surgimento de uma nova classe no País, muito menos a de uma nova classe média.

O resgate da condição de pobreza e o aumento do padrão de consumo, afirma Pochmann, não tiram a maioria da população emergente da classe trabalhadora. Para ele é preciso a politização classista do fenômeno para aprofundar a transformação da estrutura social, sem a qual a massa popular em emergência ganha um caráter predominantemente mercadológico, individualista e conformista sobre a natureza e a dinâmica das mudanças socioeconômicas no Brasil.

Pochmann faz nesse livro “uma reflexão sobre transformações recentes ocorridas no país, com a volta do crescimento econômico, e as características das ocupações e das relações de trabalho na base da pirâmide social. E em cada um dos capítulos, defende pontos de vistas que não são consensuais entre os especialistas, o que torna ainda mais importante a sua leitura”, afirma José Dari Krein, professor do Instituto de Economia da Unicamp e autor do texto de orelha. Em contraposição à visão predominante, que busca explicar o atual processo pela emergência de uma nova classe média, o livro mostra que, apesar dos avanços recentes, a dinâmica das ocupações e do rendimento requer algo mais do que a inserção das pessoas no mercado de consumo.

A análise dos dados mais recentes mostra que a melhora dos indicadores na distribuição da renda do trabalho e de seu aumento na participação da riqueza gerada concentra-se, fundamentalmente, na base da pirâmide social, o que revela também os seus limites. O economista aponta que no Brasil as ocupações formais cresceram fortemente durante a primeira década de 2000, especialmente nos setores que têm uma remuneração muito próxima ao salário mínimo: 94% das vagas criadas entre 2004 e 2010 foram de até 1,5 salário mínimo. Juntamente com as políticas de apoio às rendas na base da pirâmide social brasileira, como elevação do valor real do salário mínimo e massificação da transferência de renda, houve o fortalecimento das classes populares assentadas no trabalho.



FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano
: 2012
Páginas: 128
Peso: 175 g


ISBN: 978-85-7559-245-8


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