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Afinidades seletivas


Nos textos escolhidos pelo cientista político e escritor brasileiro Emir Sader para compor este Afinidades seletivas, produzidos no período de pouco mais de uma década, Anderson polemiza com as posições de autores tão distintos como Isaiah Berlin (no artigo “O Pluralismo de Berlin”), John Rawls (“Uma Teoria da Injustiça”), Marshall Berman (“Modernidade e Revolução”) e Isaac Deutscher (“O Legado de Deutscher”).

Além destes, ele também ilumina as teorias de Antonio Gramsci (“As Antinomias de Gramsci”), Michael Mann (“A Sociologia do Poder”) e Roberto Mangabeira Unger (“A Política de Engrandecimento”). Anderson nunca evitou enfrentar intelectuais conservadores e, em “A Direita Intransigente no Fim do Século”, polemiza com Friedrick von Hayek, um dos papas do neoliberalismo.

Um dos pontos altos de Afinidades seletivas é o diálogo crítico estabelecido entre Anderson e Norberto Bobbio, incluindo a instigante troca de correspondência entre eles, o que constitui um pequeno “dossiê Norberto Bobbio” dentro do livro. O primeiro texto, “As Afinidades de Bobbio”, foi escrito em 1988 a partir da constatação de que a obra do filósofo italiano era pouco conhecida no mundo anglo-saxão. Anderson também foi motivado pela tradução para o inglês, em 1987, dos dois principais livros de Bobbio: Que Socialismo? (1976) e O Futuro da Democracia (1983).


FICHA DO LIVRO

Título: Afinidades seletivas
Autor: Perry Anderson

Editora: Boitempo
Ano
: 2002
Páginas: 384

Gênero: História - Política

ISBN: 85-85934-88-3

Sobre o autor: Perry Anderson, nascido em 1938, é um dos mais influentes pensadores socialistas da atualidade, integrante da Nova Esquerda inglesa, no final dos anos 50. Começou a colaborar com a revista New Left Review em 1961, tornando-se seu editor no ano seguinte, cargo que ocupou por duas décadas. A publicação – que rompia com as tradições stalinistas adotadas por grande parte da esquerda na época – não tratava apenas de política, mas editava ensaios sobre cinema, literatura, filosofia e cultura, uma visão pluralista que sempre marcou a carreira de Perry Anderson.

Depois de quase 20 anos afastado, Anderson reassumiu a direção da revista no início de 2000, publicando o editorial "Retomadas", sobre o neoliberalismo e nova correlação de forças no mundo sob a consolidada hegemonia norte-americana.

As principais obras de Anderson são Passages from Antiquity to Feudalism (1974), Lineages of the Absolutist State (1974),Considerations on Western Marxism (1976), Arguments within English Marxism (1980) e Zona de Conflito (1992), que inclui o célebre ensaio "O Fim da História - De Hegel a Fukuyama".

Em recente entrevista ao professor Harry Kreisler, da Universidade de Berkeley, parte da série “Conversas com a História”, Anderson falou sobre sua formação intelectual e se referiu aos dois componentes principais do ambiente intelectual em que foi criado: o cultural e o econômico: “Eu tinha uma preferência pela política num sentido um pouco mais tradicional. Os marxistas não eram tão competentes na discussão da vida política em si, não a cultura, não a economia, mas a história do Estado e a das idéias políticas. Eu sentia que faltava alguma coisa nessas duas áreas. E foi nelas que fundamentalmente eu me concentrei”, disse Anderson.

“Se você me perguntar qual a ênfase da minha obra, eu diria que foram as transformações da autoridade política, de um lado as estruturas de Estado, e uma tentativa de vê-las de uma ampla perspectiva internacional e comparativa. E de outro, quais foram os grandes momentos, aventuras e desventuras dos diferentes corpos de idéias políticas que acompanharam essas transformações históricas”, disse o autor.

Em sua trajetória, Anderson nunca deixou de marcar suas posições frente às questões atuais. Nos movimentos antiglobalização ele vê uma forte reação popular às forças economicamente dominantes neste início de século. “As ações em Seattle, em Praga e em Quebec marcam o provável início de uma tentativa, uma tentativa muito consciente dos jovens, dos sindicalistas e outros, dos cidadãos interessados em muitas partes do mundo, de se reunir para tentar dar um basta às operações incontroladas do capitalismo”, afirma Anderson.



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