Walter Benjamin: aviso de incêndio
Autor: Michael Löwy.
Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”.
Um dos principais estudiosos da obra de Walter Benjamin, Michael Löwy analisa em Aviso de incêndio um dos textos mais enigmáticos e rico de significados desse autor: as suas teses sobre o conceito de história. Para Löwy, Benjamin é mais do que um historiador da cultura, um filósofo – pela forma com que articulou na sua visão arte, política e teologia, criando uma nova visão da história.
Analisando tese a tese, Löwy destrincha, de forma clara e erudita, as idéias, polêmicas, confrontos e ideais por detrás das proposições de Benjamin. Com uma preocupação inclusive de ilustrá-las por meio de exemplos da realidade latino-americana, como a Teologia da Libertação e o Zapatismo de Chiapas.
Escritas em 1940, no auge do fascismo na Europa, as teses vieram a público somente após a morte de seu autor, em setembro do mesmo ano. Ao tentar fugir da França ocupada pelos nazistas, Benjamin foi preso na fronteira da Espanha do general Franco. Suicidou-se antes de ser deportado para a Alemanha.
Analisando tese a tese, Löwy destrincha, de forma clara e erudita, as idéias, polêmicas, confrontos e ideais por detrás das proposições de Benjamin. Com uma preocupação inclusive de ilustrá-las por meio de exemplos da realidade latino-americana, como a Teologia da Libertação e o Zapatismo de Chiapas.
Escritas em 1940, no auge do fascismo na Europa, as teses vieram a público somente após a morte de seu autor, em setembro do mesmo ano. Ao tentar fugir da França ocupada pelos nazistas, Benjamin foi preso na fronteira da Espanha do general Franco. Suicidou-se antes de ser deportado para a Alemanha.
As teses são um ataque frontal às concepções lineares e conformistas da história, da noção positivista de “progresso”, da historiografia de simples acontecimentos narrados pelo ponto de vista dos opressores, e de uma visão acomodada, particularmente da socialdemocracia, da construção do socialismo como algo “inevitável”, fruto da evolução natural dos meios de produção. Contra essa visão mecânica, passiva e oficialesca, Benjamin articula uma nova concepção de tempo e história, viva, contada do ponto de vista da maioria oprimida e com a perspectiva indispensável de transformação.
Acesse: http://pueblolivraria.com.br
FICHA DO LIVRO
Autor: Michael Löwy
Editora: Boitempo
Ano: 2005
Páginas: 160
ISBN: 978-85-7559-059-1
Tradução: Wanda Nogueira Caldeira Brant
Sobre o autor: Michael Löwy, intelectual brasileiro, vive na França há quatro décadas onde é diretor de pesquisas (emérito) do Centre National de Recherches Scientifiques. Dono de extensa obra, com livros traduzidos em mais de 22 países, é profundo conhecedor da obra de Marx, Rosa Luxemburgo, Lukács e é autor, entre outros, de Método dialético e teoria política (1989), Marxismo e Teologia da Libertação (1991), Romantismo e política (1993), Ideologias e ciência social (1996), O marxismo na América Latina (1999) e Surrealismo e marxismo (2002).
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